29 de abril de 2009

Eu já sabia...


Não sou uma pessoa honesta, não sou humilde e sou até um pouco ganancioso. E meus caros leitores, eu, se não sou, passaria a ser caso afirmasse que o assunto que me move os dedos nos pequenos quadradinhos de plástico, é de um teor sério ou até mesmo interessante!
Pois revelo-vos que o que me traz ao nosso amigo blogger, é apenas uma fome alternativa de atenção, tal qual uma 'pita shoarma' requer o molho de 0.25eur do Joshua's. Acabo de ter uma longa conversa com o meu alter-ego maníaco : Sr.Cons-ciência. Discutir é normal, já quando se trata de uma pessoa a discutir com o seu inimigo de morte que acontece viver dentro de si mesmo estamos a falar, está claro, de esquizofrenia em estado avançado... Acautelem-se caros amigos de tempo deveras inútil, que ainda se dão ao luxo de ler borradas sonhadas, de esquizofrenia não se fala pois esquizofrenia aqui não cai. O mostrengo que habita nas pequenas pretuberâncias de ossos arredondados nas extremidades do vosso agradecido anfitrião, fala, e profere sem dúvida das palavras menos sábias, menos dignas, apropriadas e menos acertadas até!
Isto dito, presenteio-vos agora com uma pequena discussão que tenho o infortúnio de recordar :


( O cenário são duas cadeiras de realizador num deserto branco onde todo o chão está divido em quadrículas delimitadas por um tracejado milagroso de cor negra. As personagens são W-standard e seu alter-ego Sr.Cons-ciência. W está a usar o seu fato de seda e a sua gravata do costume, manchada e desbotada. Sr.Cons-ciência distingue-se pelo seu hábito que se divide exactamente no centro simétrico do seu corpo, o lado direito veste um traje de monge tibetano e o oposto traz no corpo um traje totalmente negro da cabeça aos pés.Toda a cena é vista uns metros atrás dos dois personagens. A conversa começa! )




«Sr.Cons-ciência» Então, meu caro, li no periódico que planeia uma obra-prima do cinema moderno, uma comédia genial, sublime, da categoria das obras de verdadeiros senhores... Diga-me então de sua conta se isto se confirma...

«W-standard» Pois terá lido com toda a certeza, a minha comédia será divina e lembre-se meu irmão que de todos os que destruiu eu sou aquele a que atribuído o cognome, seria chamado de W-standard, o humilde. Já está na minha hora, ainda nem 10 minutos do seu tempo tenho e já o dia foge de mim ao que se pode avistar do que está vindouro ...

«Sr.Cons-ciência» Que importúnio! Por favor sente-se e satisfaça a minha curiosidade. A sua comédia, será para mim uma excelente obra, mas como a verdade é uma grande conhecida minha, dirlhe-ei que a classificarei como uma tragédia, e que eu serei um dos vários defuntos carregando esmola até ao nosso Caronte, no final da mesma. Agora, proponho-lhe que trabalhemos juntos e façamos com que toda esta situação se descubra vantajosa para ambos, façamos um espectáculo de cinema que dure 12horas, sem actores, passado em casa, sem emoção, nada de comoção, apenas um documentário de tudo o que se faça por ter de se fazer. Prometo que a linha de ideias da história será simples e rapidamente compreensível.

«W-standard» Penso aliar-me a si mais tarde, neste momento tudo me chama para o meu trabalho original. Está a ver as condições meu pequeno pobre de espírito ? Ali estará uma cascata com tudo o que de bom chegará até aos actores principais que têm a sua casa mesmo à beira daquele remoínho que mandei construír e é sem dúvida indestrutível, e tudo fluirá...

«Sr.Cons-ciência» Pois então tenho a dizer-lhe que tudo o que eu possa fazer para lhe dificultar todo o seu plano infantil e absurdo, será a curto prazo posto em prática. Meu caro, permita-me tome emprestada a sua luva.

( Com a luva do próprio W, o Sr.Cons-ciência bofeteou a face esquerda do mesmo, e ao inclinar-se na cadeira que está centrada em conjunto com a outra no deserto albino, a do lado direito, W virou a cara e esperou uma reacção do seu companheiro, a luva que antes seria do branco da areia que lhes queimava os pés, como por milagre, transformou-se num punhal dourado.

O intragável monge, pegou o punhal, encostou-o lentamente na face do pobre W e cravou com um gesto seco e de rapidez decrescente, por baixo do olho brilhante de felicidade de W.

Os dois personagens levantam-se, defrontam-se e sentam-se nos lugares opostos, W está agora à esquerda da cena. W, encosta as costas à parte traseira da cadeira, respira fundo, e com a voz rouca de agonia e desilusão, profere as seguintes palavras... )

«W-standard» Oh, meu irmão se de todos os coitados que destruíste caíram com pequenos presentes troianos que lhes ofereceste tal como me tentas agora a receber, então este branco estará cheio quando esta conversa acabar, a minha comédia durou o tempo de um fechar de olhos, o final da tua tragédia chega, ambos morremos e apenas para mim valeu a pena porque senti a dor de ter um inimigo na realização do meu filme . Obrigado.

( Ainda visto a uns metros de distância da parte de trás dos personagens, a claquete fecha e os dois saem para os bastidores onde lhes esperam os seus relógios e agendas )





E assim acaba o meu mais longo post penso eu desde que escrevo no Quidamphobia! Não estou agradecido por terem lido, mas se me disserem que leram eu agradeço à mesma.

Pessoal # Happy Trails #

W-Cons-ciência #

26 de abril de 2009

Chill out sessions - Aveiro.


Caros leitores, como péssimo contador de histórias declarado no registo civil, começo por pedir desculpa se não me for possível devido a uma intensidade emocional fora do comum, transmitir toda a energia positiva da jornada!

Ora, faz de impulso major nesta decisão um grande teor de tédio no meu quotidiano e da respectiva companheira de viagem.
Numa noite de pequenas matanças de saudades, o típico sentimento Português, dei comigo no perfil do myspace da banda Linda Martini quando descobri que estes estariam no dia 24 de Abril a actuar na Semana do Enterro em Aveiro.
Sem mais delongas, decidi que iria assistir a este concerto em prol do meu processo de "desanhanço", informei imediatamente a minha companheira Cê* que prontamente me respondeu ao convite positivamente. Fizemos contas à vida e lá fomos nós.

Apanhámos o comboio rumo a Aveiro sem mais nem menos do que às 16:46 de sexta feira, 24 de Abril, comboio cheio, muita gente dividida entre felicidade por voltar a casa e outra metade desgostosa porque casa já não é lá onde pela primeira vez arranharam os joelhos e comeram banana com queijo. Chegados ao destino ( depois de grandes gargalhadas proporcionadas pelos hilariantes nomes das terras nas quais o comboio regional efectuava paragem [Oiã, Pampilhosa etc...] )dirigimo-nos para o Fórum Aveiro onde encontrámos o nosso contacto que conhecia a zona, apresento-vos a Teresa.
Seguimos então para o seu quarto na Residência no campus universitário de Aveiro, com sacos de mantimentos recém-adquiridos fizemos uma paragem na cozinha onde jantámos, sinto uma enorme vontade de explicitar que este foi constituido por 2 bifes e 1 hamburger.
Conhecemos as colegas de residência da Teresa, que nos acompanharam numa viagem ao mundo dos coelhinhos dentro do quarto.
Estavamos agora num autocarro gratuito que circulava para as pessoas que quisessem ir para o recinto do evento, gente com garrafas nas mãos, das mais variadas bebidas, nós, como bons Coimbrinhas que somos carregávamos a típica litrada de Super Bock . Depois de adquiridos os ingressos no valor de 10eur para estudante, entrámos e conhecemos o recinto, depois assistimos à banda Peste Negra, e a única conclusão foi do fantástico desejo de que os elementos desta banda tivessem realmente conhecido a Peste Negra. No seguimento do cartaz, assistimos ao concerto de GNR que com um pequeno toque das bebidas alcoólicas é bastante aturável, o.k. agora entravam os Linda Martini, finalmente... Todo o concerto foi marcado pela magia do espétaculo que estes jovens sabem dar de maneira tão caracteristica, toda aquela dissonancia e a descentralização do porta-voz, as 50 afinações diferentes, a melodia e a letra que apela aos mais fortes-fracos-fortes de espírito.

De saída para a residência, demos de caras com centenas de pessoas a querer apanhar o autocarro que circulava gratuitamente, um autentico frenezim, chegando até a haver cenas de empurrões e pancada pela ordem de entrada. Enquanto eu me tentava preocupar com a Cê que não está familiarizada com violências de multidões, tinha também de decidir o momento certo para entrar e não ficar 30 minutos num autocarro de gente alcoolizada em pé, lá conseguimos já em desespero entrar em primeiro lugar num autocarro e sentar ao pé da entrada o que facilitou a saída que se aguardava atribulada. Chegámos à residência depois de seguirmos um grupo de rapazes eufóricos e raparigas reduzidamente cobertas de roupa, nas quais se notava um grande sofrimento devido à baixa temperatura.


Entrámos no quarto, passeámos por muitos sítios diferentes e quando voltámos cá abaixo estávamos ainda no quarto cheios de sono, fome e sede, satisifizemos as necessidades de ingestão e preparámos os nossos aposentos, deitámo-nos... agradece-mos a presença um do outro, olhámos, sorrimos, agarrámo-nos e dormimos até ao dia seguinte que já se mostrava lá fora, no horizonte.
Fizemos as malas, caminhámos sempre de mão dada até a estação e fizemos a viagem a rir, a falar e a dormitar.


E foi assim, foi assim que fugimos de vocês e das vossas coisas normais:
Fomos juntos, estivemos juntos, fomos felizes * Obrigado C[ê] *


W-lame [not me] * # *

11 de abril de 2009

Round Numbers (you make them sound good)

E chegámos então à metade de outro ano, o que sinceramente sabes que é uma meta tanto como o ano em si *

A imagem apresentada, representa a vitória do 'império amarelo'.

Parabéns a nós, obrigado por tudo - 3 years 6 months ( and counting... )